24 de mar. de 2010

sem mais (:

Complicado. Essa talvez seja a palavra chave. Complicado.

20 de mar. de 2010

proveitoso, ou não. aqui está...

"Passei meus dedos entre minha franja a puxei para o lado e suspirei.
- O que eu faço se ultimamente ando pensando demais em você?
Ela girou seu corpo sobre o meu, enroscou seus braços em meu pescoço e mesmo em meio a escuridão da minha sala, eu consegui vê-la sorrir ao me responder.
- Continue pensando, que eu estarei fazendo a mesma coisa sobre você."

Ta aí, acho que vai começar tudo denovo, e de coração? Não to afim de lutar contra mais. As vezes uma frase perdida no escuro, onde dois corpos partilham um momento secreto, mesmo outras matérias que respiram e sentem estando tão proximas, se torna o que poderia haver de mais importante em sua semana, ou mês ou ano.
Bobagem, se leva muito a sério pequenos momentos de transição de ar e saliva, palavras não ditas em olhares trocados. Sério? ISSO importante? Infelizmente - ou não tão infeliz assim - é importante. Porque fomos criados para amar e fazer bem uns aos outros, mas amar infinitamente mais quem tem a tendencia em nos destruir.
Por isso aproveite cada sussurro, cada ofegação, cada olhar e cada palavra em sua simples vida, porque isso, caros amigos, faz TODA a diferença e torna sua humilde vida em uma só partilhada por dois corpos que se amam infinitamente.

12 de mar. de 2010

aaah, o amor! Merda.

Andei meio assim, indisposta a postar aqui, mas melhorei - ou não. Confesso que só me inspirei pelo 4x07 de Skins.
Freddie? Morto? Entendi direito?
Não é possivel mesmo uma coisa dessas, eu fico ferrada de raiva quando essas coisas acontecem e comprovam minha teoria:
O que nasceu para ficar junto, nunca acaba junto.
Aparentemente, essa é a lei do amor. Amor, esse deus pagão que se alimenta de oferendas - que muitas vezes envolvem nossos corações e almas - que pouco se diferencia dos outros deuses da antiguidade ja que nossas ofertas também são concedidas com gosto. Vocês podem estarem até juntos e se amarem de verdade, mas nao adianta, não vao continuar assim, não por muito tempo porque o Amor se alimenta de Amor e Esperança não de satisfação e felicidade. Por isso que geralmente ele ataca os amantes a distancia, quanto mais esperança de um dia estarem juntos mais ele se alimenta deixando apenas um vazio no lugar do coração, mas você não se dá conta disso até ele se cansar e decidir que esse casal acabou. Sempre vão se amar, mas estão muito felizes para o seu gosto. Ai você sente, qualquer coisinha acontece e pronto, vem aquela dor insuportavel na boca do estomago e voce se dobra, uma fraqueza absurda, você sente que seu corpo não tem base nenhuma, ai você cai de joelhos e chora, chora com todas suas forças porque, de verdade? Só isto que lhe resta: Lágrimas, a sobremesa do amor. Isso quando ele não tem de agentes humanos para interferir no 'Felizes Para Sempre' e acredite em mim agentes humanos se metendo no relacionamento alheio, é o que mais se encontra.
Entrementes, amores a parte, acho que os casais que realmente se amam - ressalto REALMENTE - não nasceram para ficarem juntos é aquela historia da novela da tarde, eles atravessam gerações, reencarnações, mas ficarem juntos pra valer? Inquestionavel, ta fora das regras do jogo e vai além das leis do Amor. Não dá certo e não adianta forçar a barra, amores você terá de monte e acredite em mim a Paixão - uma segunda deusa, filha do amor, porém menos exigente - baterá a sua porta e você tera uns 30 anos felizes pela frente, se tirar sorte grande.
#RIPFredsters e #RIP a todos que realmente amam alguem mas que no momento seguram com força a carta entre as mãos, acende um fosforo e a queima lentamente.

6 de mar. de 2010

Quando me falta a prudência.

"Abri meu armário e comecei o trabalho de retirar meus pertences de dentro dele. Tudo bem, eu compreendia que meu pai desejasse um espaço maior, ele poderia ter quebrado o quarto do meu irmão mais velho para fazer isso, eu não me importaria nem um pouco se Eric tivesse que dormir no sofá, mas aparentemente a idéia não agradava meus pais tanto quanto a mim então nos mudamos de casa e eu consequentemente me mudei de colégio. Eu não fiz nenhum tipo de greve, ou me rebelei contra o fato, não poderia impedir meus pais de me arrastar com eles, até porque eu ainda estou no segundo ano e me livrar dessa sina vai levar mais dois anos letivos. Portanto, quando a bagunça em casa estava definitivamente empacotada e encaixada no caminhão, eu resolvi que era hora de buscar minhas coisas.
Poderia muito bem deixar lá, nunca fui uma garota popular para receber a devida atenção, eles não iriam olhar para o armário inutilizado e dizer: ' Meu Deus, aquela garota baixinha de cabelos castanhos que faz aulas extras de física não apareceu hoje ' Provavelmente o Jorge, que senta no fundo da classe e faz piadinha sobre qualquer uma que passe diante de seus olhos, sentiria falta de mim. Meus 'vai se foder' para ele depois do intervalo o deixavam mais animado, como se tivesse acabado de ganhar um alô da garota mais interessante da face da terra.
Coloquei minha bolsa tristemente nas costas e fechei o armário, respirando fundo, me virei nos calcanhares e comecei a caminhar lentamente observando a construção do prédio. Meus pais nunca quiseram me matricular nesse colégio, mas com essa nova frescura do governo, que os alunos terão de ser matriculados no colégio mais próximo, para evitar a lotação dos melhores e gente como eu acabar bem... Nesse colégio. Não que eu o ache tão ruim, mas é uma construção modesta, nada majestosa. Talvez seria mais interessante se não houvesse tanta pixação nas paredes.
Meus passos ecoaram e eu senti que minha mente se perdeu por um fluxo desconexo de pensamentos, vi uma garota jogada no chao do corredor de química correndo de algo, vi um rapaz alto e loiro que uma vez lhe sorrira daquele armário a esquerda, vi três garotas sendo derrubadas no chão por uma única bola minha acertada em suas cabeças. Minha risada saiu mais alta do que de costume, respirei fundo e rumei a saída. Se a intenção era vida nova, o certo seria rabiscar as lembranças como algo entre parenteses nesse ano e meio que vivi nesse colégio."

4 de mar. de 2010

Concurso Cultural FIC Capricho

voou postar minha fic - a que eu enviei para o concurso cultural - aqui. Óbviamente a original, já que para a Capricho, eu tive de retirar quase 300 palavras rs (:
As vezes a gente passa por empolgação e nem nota, enfim rs. Aquí esta, o tema era:

Como eu fiquei famosa e perdi tudo - menos você, eu espero.



Meus olhos viam nos seus refletidos o luar, a única iluminação que nos brindava agora, ambas suas mãos encontram as minhas e seus dedos firmes e gentis entrelaçaram nossos dedos. Nos olhavamos como se a última semana fosse apenas um pesadelo a mais para se esquecer.


- Olha só para eles - Ele balançou a cabeça sorridente observando sentado comigo na mesa do refeitório, o pessoal mais popular do colégio. Mordi meu lábio inferior e um desejo que vinha crescendo a alguns anos dentro de mim, aflorar mais uma vez: o desejo de estar entre eles. Sorri disfarçando a cobiça e debochei.
- Imperadores de Barbies - Diego sugou com força o suco pelo canudinho com um sorriso brincando no canto de sua boca e me puxou para perto do seu peito, o abracei.
- Di... Você nunca quis, sei lá, ter um pouco mais de popularidade? - Ele sugou com força fazendo aquele barulho gostoso, puxei o copo de suas mãos e girei os olhos.
- Você ta com inveja delas?
- Eu só acho que ser um zero a esquerda a menos seria mais interessante - Me levantei puxando minha bolsa, ele me olhava confuso.
- Ta brincando comigo né Fer? - Diego se levantou tambem, não tinha cabimento a raiva que eu sentia por ele não me entender - Você nunca ligou para essas coisas de moda e... Você nunca seria como elas!
- Diego! Há milhares de coisas sobre mim que você não sabe - Bati meus livros sobre a mesa. Seu olhar perfurou meu corpo e atingiu minha alma a queimando por dentro.
- Você não tem idéia do que ta falando! - Ele puxou sua mochila a colocou nas costas e saiu.

Andava rápidamente pelo corredor, a raiva de Di corria feroz pelo meu sangue, chutei sem prestar atenção e atingi Henrique, o capitão de basquete do colegio. Foi como entorpecer quando aqueles olhos viram os meus e pediram para que eu o acompanha-se em uma festa no sábado a noite, mal sabia eu que perderia mais que meu rótulo de zé ninguém.

Havia três dias que não falava com Diego, ele não retornou minhas ligações - não retornou porque foram ligações inexistentes. Não falava também com meus pais, porque não parava em casa para isso, era do colégio para a casa de Priscila, A garota do colégio, e de sua casa para a minha beirando as duas da manhã. Meus antigos colegas me ignoravam agora que eu passava mais tempo com as garotas, mas não faziam falta. Eu era popular, sabiam o meu nome, eu pertencia a elas agora.

O sábado chegou, eu me arrumei na casa de Priscila e quando estava a ponto de sair, ele me parou. Diego estava lindo, como nunca o vira antes. Priscila disse que esperava a frente.

- Você ta linda - Ele disse.
- Você também.
- Você era mais bonita quando era você nesse corpo.
- Diego, para...
- Eu não vim te dar nenhuma lição, Fernanda, só quero te dizer. Eu vou estar aqui, sempre que precisar - Ele beijou minha testa e se afastou, e eu senti que perdia parte de mim.


Então eu estava lá, havia boca dele para todo o lado e eu repudiava aquelas mãos que me tocavam, me apalpavam, Henrique definitivamente não era o mesmo depois de algumas cervejas. Empurrei-o até conseguir usar o celular, mal pensei em escrever a mensagem e enviar para o primeiro numero que me ocorreu. Voltei para os braços de Rick e mal se passou cinco minutos quando dois braços o apertaram por trás pelo peito e o atirou longe de mim, a mão aquecida e conhecida minha me puxou rapidamente pela escada acima fugindo do agressor. Diego me empurrou para dentro do quarto escuro e paramos em frente a luz da lua que clareava o comodo pela janela.
Meus olhos viam nos seus refletidos o luar, a única iluminação que nos brindava agora, ambas suas mãos encontram as minhas e seus dedos firmes e gentis entrelaçaram nossos dedos. A ultima semana não mais existia, apenas seus lábios sobre os meus, recuperando toda a essencia de mim mesma que eu havia perdido.